Os primeiros anos da criança são
de intenso desenvolvimento, por isso, deficiências nutricionais ou condutas
inadequadas na alimentação podem prejudicar o crescimento das crianças e até
resultar em morte ou sequelas futuras, como atraso escolar e desenvolvimento de
doenças crônicas.
Os
10 passos da alimentação saudável
Passo
1:
Dê somente leite materno até os 6 meses de vida da criança, sem oferecer água,
chás ou qualquer outro alimento. O Leite materno contém tudo que a criança
precisa nesta fase, inclusive água. O leite dos primeiros dias pós-parto,
chamado de colostro, é produzido em pequena quantidade e é o leite ideal nos
primeiros dias de vida, até para bebês prematuros, pelo seu alto teor de
proteínas.
Passo
2:
Ao completar 6 meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, como
papa de frutas e papa “salgada”, preparada com vegetais e com carne na
consistência de purê. É muito importante manter o leite materno até os dois
anos, pois ele continua alimentando a criança e a protegendo contra doenças. Com a introdução dos alimentos complementares é importante que
a criança receba água nos intervalos. Ela deve ser a mais limpa
possível (tratada, filtrada e fervida).
Passo
3:
Ao completar 6 meses, os pais podem dar alimentos como cereais,
tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes três vezes ao dia. Complementa-se a oferta de
leite materno com alimentos saudáveis que são mais comuns à região e ao hábito
alimentar da família. Os alimentos contribuem com o fornecimento
de energia, proteína e micronutrientes, além de preparar a criança para a
formação dos hábitos alimentares saudáveis no futuro.
Passo
4:
A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de
refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite
da criança. Lembre-se que o
tamanho da refeição está relacionado com os intervalos entre as
refeições. ou seja, grandes refeições estão associadas a longos intervalos e
vice-versa. É importante que o intervalo entre as refeições seja regular (2 a 3
horas).
Passo
5:
A consistência da alimentação deve ser espessa desde o início e
oferecida de colher. Gradativamente, os pais e cuidadores podem iniciar com a
consistência pastosa (papas/purês), aumentando a consistência aos poucos até
chegar à alimentação da família. Como a criança tem capacidade gástrica pequena
e consome poucas colheradas no início da introdução dos alimentos é necessário garantir o aporte calórico com papas de alta
densidade energética. Quanto mais espessas e consistentes,
apresentam maior densidade energética quando comparadas
com as dietas do tipo sopas ralas.
Passo
6: Uma alimentação variada é uma
alimentação colorida. A oferta de diferentes alimentos ao longo do dia, como frutas e papas salgadas, vai garantir o suprimento
de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento da criança. As
carnes e o fígado, além de conter o ferro orgânico de alto aproveitamento
biológico, facilitam a absorção do ferro inorgânico contido nos vegetais e
outros alimentos, mesmo que adicionados em pequenas porções.
Passo
7:
Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. A
criança que desde cedo come frutas, verduras e legumes variados, recebe maiores
quantidades de vitamina, ferro e fibras, além de adquirir hábitos alimentares
saudáveis. Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser, inicialmente,
pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente, elas aceitam melhor os
alimentos com sabor doce. É importante não substituir o almoço e jantar por
refeições lácteas ou lanches. A criança deve receber uma preparação mais
elaborada nesses horários.
Passo
8:
Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e
outras guloseimas, nos primeiros anos de vida, e use o sal com
moderação. A adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois
primeiros anos. Essa atitude vai fazer com que a criança não se
desinteresse pelos cereais, verduras e legumes, aprendendo a distinguir outros
sabores.
Passo
9:
Cuide da higiene no preparo dos alimentos; Os cuidados na preparação e na oferta dos alimentos evitam doenças como a diarréia. Os maiores problemas são a contaminação da
água e alimentos, inadequada higiene pessoal
e dos utensílios, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos em
temperatura inadequada. Os alimentos consumidos pela criança devem ser guardados em recipientes limpos e secos,
em local fresco, tampados e longe do contato de animais
e poeira. As mãos devem ser bem lavadas com água e sabão, toda vez que for
preparar e/ou oferecer o alimento à criança.
Passo
10:
Estimule a criança doente a se alimentar, oferecendo sua
alimentação habitual e respeitando a sua aceitação. É importante manter a amamentação e oferecer alimentos
saudáveis de sua preferência. Por exemplo, a criança com infecção pode ingerir menos
alimentos pela falta de apetite, porque está vomitando ou porque sente cólicas
e gasta mais energia devido à febre e ao aumento da produção de anticorpos. O aleitamento materno é a melhor opção para a saúde da criança pequena. Ele protege
contra as infecções e contribui para que elas sejam menos graves, fornecendo
agentes imunológicos e micronutrientes que são melhor absorvidos e
aproveitados.
REFERÊNCIA: Blog da Saúde
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