Em
outubro de 2016, o Ministério da Saúde reconheceu que a situação estava fugindo
do controle. Não é exagero, nossos números são
assustadores. Desde 2010, quando os hospitais passaram a ser obrigados a
repassar seus dados sobre a doença para o ministério, foram notificados quase
228 mil novos casos; só entre 2014 e 2015 houve um aumento de 32% nos casos de
sífilis entre adultos – e mais de 20% em mulheres grávidas. A maior parte dos
casos está na região Sudeste (56%), a mais urbanizada e desenvolvida do País.
Só para ter uma idéia do desastre, em 2015 tivemos 6,5 casos de bebês
infectados a cada mil nascidos vivos; o valor é 13 vezes maior do que a
Organização Mundial da Saúde considera aceitável.
Saíba mais:
Doença
infecto-contagiosa causada pelo Treponema pallidum, também é conhecida
como Cancro duro ou cancro sifilítico, que evolui de forma crônica. Tem períodos
em que se manifesta agudamente e períodos de latência, ou seja, sem
manifestações. Pode comprometer pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular e
sistema nervoso.
Saíba mais:
De acordo com algumas
características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária,
Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada
de Sífilis Congênita.
Sífilis
primária: trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa ou pouco
dolorosa, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção
serosa escassa. Pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e
colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também
ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. É frequente também a
adenopatia inguinal (íngua na virilha). O cancro geralmente desaparece em 3 a 4
semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do
aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue)
para sífilis tornam-se positivas.
Sífilis Secundária: é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo
organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações
nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam
positivas.
Sífilis
Latente: nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações
sorológicas continuam positivas.
Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de
evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se
após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea,
cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também
nesta fase.
Sífilis Congênita: é devida a infecção do feto pelo Treponema Pallidum por via
transplacentária, a partir do quarto mês da gestação. As manifestações da
doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem
assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito.
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso,
endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita.
Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.
Transmissão
Relação sexual vaginal, anal e oral, transfusão de sangue
contaminado, transplacentária, a partir do quarto mês de gestação e eventualmente
através de fômites.
Período
de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas.
Diagnóstico
Pesquisa direta do agente nas lesões, realização de teste rápido para sífilis e exames sorológicos
(VDRL, FTA-ABS etc).
Prevenção
Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão
estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital
no(a) parceiro(a).
mais informações:
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Referências:
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