Vírus H2N3: Pandemia atinge
o Brasil?
Enquanto o Brasil se prepara para o enfrentamento
sazonal da doença causada pela ação dos vírus influenza realizando a campanha nacional de vacinação contra a gripe, corre nos meios de comunicação a notícia de que estamos sujeitos a uma pandemia eminente em decorrência da presença do vírus H2N3. Sobre isso, seguem alguns esclarecimentos.
Diferentes tipos e linhagens
Existem três tipos de vírus
influenza: A, B e C – os dois primeiros são responsáveis por epidemias sazonais
em várias regiões do mundo, com circulação predominantemente no inverno e, o
último, causador de infecções mais brandas. O tipo A é classificado em
subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). “Todos os anos, as epidemias são
provocadas por variantes de três vírus principais, que circulam na população
humana, sendo dois do tipo A: influenza A(H1N1)pdm09 e A(H3N2), e de influenza
B. apesar das suas particularidades genéticas, todos podem provocar sintomas semelhantes, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo
e nas articulações, calafrios e fadiga.
O subtipo do Influenza A, o
H3N2 ganhou destaque após atingir de forma intensa a população dos Estados
Unidos durante a recente temporada de inverno no hemisfério norte.
“Não se trata de um vírus
novo, o H3N2 infecta humanos desde 1968 e tem circulado de modo preponderante
desde 2015 no Brasil e no mundo”, esclarece o virologista Fernando Motta. No entanto, uma onda de
boatos, que passou a circular pelas redes sociais, ‘pegou carona’ nessa
notoriedade propagando informações inverídicas de que um subtipo de nomenclatura
similar – H2N3 – estaria em circulação no país e poderia provocar uma pandemia.
Para ser mais preciso, “esse subtipo até existe,
mas sua circulação está restrita a animais. Nunca foi identificado em humanos
em nenhuma região do mundo”, enfatiza o virologista
Fernando Motta, do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto
Osvando Cruz.
REFERÊNCIA:
RELACIONADOS:
Comentários
Postar um comentário